Meu filho é muito agitado em casa e na escola, não pára sentado na carteira. Como saber se ele é hiperativo?
Hoje, tem-se observado o fenômeno da hiperatividade ou TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, com muita frequência, tanto em adultos como em crianças, embora o transtorno com a presença de agitação seja detectado 10 vezes mais em meninos que em meninas.
É importante que professores, coordenadores e diretores de escolas estejam preparados para detectar características que indiquem a presença da hiperatividade nas crianças, pois trata-se de um distúrbio neurocomportamental que pode prejudicar severamente o aprendizado dos alunos.
As causas do TDAH ainda são desconhecidas mas, especialistas têm algumas hipóteses: fatores genéticos, desequilíbrio químico, lesão ou doença na hora do parto ou após o parto, defeito no cérebro ou sistema nervoso central, resultando no mau funcionamento do mecanismo responsável pelo controle das capacidades de atenção e filtragem de estímulos externos.
Normalmente, é na escola que os sintomas se acentuam e começam a surgir os problemas decorrentes do TDAH. Portanto, a escola, deve trabalhar no sentido de orientar a família sobre quando e onde procurar ajuda especializada, além de acompanhar o tratamento oferecendo apoio e orientações pedagógicas específicas para a criança.
É importante realçar que não existe uma “receita” pedagógica única para crianças portadoras de TDAH. Cada caso deve ser analisado individualmente propondo-se diferentes prognósticos levando em consideração as necessidades e características da criança e contextos escolar e familiar.
É importante salientar que quanto antes o diagnóstico de TDAH for feito e a criança for atendida melhores serão os resultados e evitará que a criança tenha maiores prejuízos tanto em seu aprendizado escolar como na vida social.
Curiosamente, crianças quietinhas, aparentemente tímidas e retraídas, mas que apresentam dificuldades escolares, também podem ser portadoras de TDAH, porém, com ênfase na desatenção e não na inquietação. Mas, se não diagnosticadas e tratadas terão também dificuldades sérias de aprendizagem.
Valéria Barhum – Educadora, Pedagoga, formada em Letras, Educação Artística, pós-graduada em Semiótica, diretora/mantenedora do Colégio Arte Livre de Regente Feijó e Polo UNIP – Universidade Paulista (EAD).